Olá! Meu nome é Rebeca Louise,
tenho 27 anos, sou do Estado do Amazonas e também convivo com a Síndrome de
Turner. Onde eu moro a questão do diagnóstico é muito complicada, ainda são
raros os especialistas na área atualmente. Então, causa um choque, principalmente
por ser algo no qual a única referência, a princípio, são os livros do Ensino
Médio que mostram imagens impactantes, da época em que a grande maioria não
tinha possibilidade de receber os tratamentos hormonais adequados durante a
infância e a adolescência, devido ao completo desconhecimento da medicina sobre
esta síndrome.
Das consequências que a S.T pode
acarretar; e que tive de conviver, foram otites de repetição na infância, o não
desenvolvimento na puberdade, baixa-estatura (1,38) e infertilidade. Fiz
tratamento com hormônio do crescimento (GH) injetável durante 5 anos, Oxandrolona (anabolizante que induz a menstruação) e reposição hormonal de
estrogênio e progesterona.
Quando se é criança (na primeira
infância), pelo menos pelo pouco contato que tenho com outras pessoas com a
mesma condição, NA MAIORIA DAS VEZES, não se tem tanta dificuldade no convívio
social, pois as diferenças não ficam tão evidenciadas, ou não se tem tanta
noção das mesmas; entretanto, a partir da pré-adolescência alguns questionamentos
vão sobressaindo, bem como fica mais visível algumas características, levando a
um retraimento/isolamento e as diferenças vão sendo sentidas de forma mais
marcante. Questões relacionadas à feminilidade
vão surgindo, temos que transpor alguns padrões sobre o que é ser-mulher, o que é família, etc.
Contudo, apesar de algumas
limitações existirem, podemos levar uma vida próspera e feliz, descobrindo que
somos capazes de realizar muitas coisas (estudar, trabalhar, se relacionar) e
de superar os obstáculos com os quais nos deparamos.
Autora: Rebeca Louise Freitas
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